Os meus bichinhos

Nos últimos dias tenho falado muito no Bart, o meu cão que desapareceu há 3 anos e meio e que foi e será sempre o meu ai-jesus.
Infelizmente, não tenho nenhuma foto dele digitalizada mas não tardará muito...
Talvez embuída pelo espírito do post que deixei no Menina sobre os Animais e as Peles, questionei-me porque andarei a falar tanto no meu Bart Snowball (sim que o Lord tinha nome e apelido! lol). Tenho contado ao Alex coisas que vivi com ele, como ele foi o "percursor" do meu filho, as reacções dele durante e após a minha gravidez, como sofri quando desapareceu...
O Bart foi o meu companheiro leal durante 5 anos e jamais sairá do meu coração.
A coisa que mais me dói é não saber o que lhe aconteceu - se morreu, se não morreu e foi recolhido por alguém que o trate tão bem como eu o tratei, que o mime como eu o mimei e de quem ele goste como gostava de mim e do meu filho. Quando tiver uma foto dele hei-de dedicar-lhe um post...
Mas o percursor do Bart cá por casa é o Pintas, um rafeiro inteligente que só visto, com uns olhos que nos chegam até às entranhas. Faz 10 anos em Maio mas continua rijo e inteirinho, sem qualquer sinal de velhice a não ser 2 dentes que já perdeu mas não me parece que seja pela idade mas sim pelas rixas em que já se meteu nos tempos de soltura da Costa. Desde que o Bart desapareceu, e um ano mais tarde o Bernardo (o cãozarrão do meu pai), nunca mais os deixámos tão à solta como era normal.
O Pintas é o Meu cão, por mais que a minha mãe tente lutar contra e reverter a situação. Fui a 1ª dona dele, a que o recolheu, a que o deixava dormir aos pés da cama. Lembro-me que quando fui viver com o pai do meu filho e levei a mobília do meu quarto, o Pintas continuava a dormir no chão exactamente no mesmo ponto em que ele dormia quando a cama estava lá.
Só a mim o Pintas tem respeito e só a mim dá beijinhos.
A companheira do Pintas, com quem aliás já teve filhotes, é a Maria Doida.
A Maria foi encontrada em Ferreira do Zêzere quase um mês depois do desaparecimento do Bart e foi consequência da quantidade de apelos que espalhei pela Vila para encontrar o meu cão.
Num dia de chuva copiosa, a meio de Dezembro, alguém me telefonou dizendo que não tinha a certeza mas que no Centro estava um cão muito parecido com o da foto dos cartazes. Nem pestanejei! Meti-me no carro e voei até ao supermercado.
Vi logo que não era o Bart mas fui incapaz de deixar ali aquela bola de pelo encharcada.
Um belo dum banho e 3 pratos de Cerelac depois, a Maria estava instalada em frente à lareira... e instalada no seio da família.
É a cadela do Bruno e foi ele que lhe deu o nome. Completamente estouvada, gane que nem uma louca quando alguém lhe chega perto a pedir festas. O pelo dela dá imenso trabalho de tão crespado e grande que é mas é a Menina cá de casa.
Dão trabalho e é uma chatice ter que os levar à rua mas não me imagino a viver sem eles.
E pensar que há quem faça mal a "coisinhas" como estas...


O Pintas (o "raposinho" castanho) e a Maria (a "ovelhinha" creme)