29.12.04

Sinto-me tão pequenina...

Depois de ter passado um fim-de-semana a "partir", quase non-stop desde a vespera da vespera de Natal até ao "day-after... thank God it's gone" (mais conhecido por dia 26/12), isolada do Mundo, para não variar, deparar-me com a notícia da porra do tsunami no jornal da noite (sim, foi quando o French resolveu "acordar-me para a vida") fez-me sentir tão pequenina e miserável que só me apetece largar tudo e partir para lá para ajudar.
Claro que não tenho coragem de abandonar a minha candida vidinha aqui e muito menos o meu filho. Se não o tivesse até acredito que o faria. Mas tenho-o e vou preserva-lo até à exaustão bem junto de mim.
Arrepiou-me a história da bebé arrancada dos braços da mãe e só conseguia dizer que, se fosse comigo, me mandava atrás sem pensar em mais nada. Terá sido, provavelmente, uma atitude semelhante que deixou aquela mãe gravemente ferida.
Era para ter ido, mais uma vez, "prá night" mas, depois de tudo o que vi, não tive nem vontade nem coragem.
Cortou-me toda a onda boa que o fim-de-semana produziu em mim, todos os bons fluídos que atravessaram o meu corpo e a minha alma nessa tarde.
Só de pensar que, enquanto do outro lado do mundo a vida de milhares de pessoas se esvaía numa onda, eu estava a divertir-me como se nada tivesse acontecido, fez-me sentir tão pequenina, tão inútil neste mundo...
Estranho sentimento este. Tão depressa me arrepio perante a visão daquele cenário dantesco como me alegro por estar cá sossegada deste lado do mundo onde ainda não aconteceu nada tão grotesco (durante a minha existência, claro!).
Nesse mesmo dia fez 18 anos que a minha avó, que me criou e fez de mim o que sou, faleceu. Que me lembre, nunca recebi uma boa notícia neste dia...
Há coisas do car***!!!

22.12.04

Odeio o Natal!

Odeio o Natal.
Nesta altura do ano tenho sempre vontade de me deitar mal se acendem as luzes na rua e acordar quando as desligarem.
As boas recordações que tive dos Natais da minha infância esvaneceram-se todas no ano em que a minha avó materna morreu, um dia depois do Natal.
Foi o primeiro e único ano que o passei longe dos meus pais, que ficaram com ela inerte, qual vegetal autêntico numa cama, em casa.
Nunca mais o Natal foi igual e nem mesmo a alegria do meu filho o torna em algo de agradável. Pelo contrário, torna-o ainda mais hipócrita por ter de fingir, perante ele, que é uma época feliz.
Custa-me tanto...
Há maior hipocrisia que dizer-se que Deus é bom, que o Jesus nasceu para salvar o mundo, quando se vê na televisão que 1 em cada 2 crianças deste planeta vive sem condições mínimas de subsistência?
Já imaginaram que a dinheirama que se gasta em presentes para pessoas a quem não ligamos um ano inteiro podia servir para saciar a fome a milhares de crianças subnutridas?
Acho absurdo, por exemplo, que ofereçam presentes ao meu filho, que nem conhecem, só porque é neto da minha mãe, a quem devem um qualquer favorzeco de merda. E, claro está, que ela retribui com um presenteco qualquer só para não parecer mal!
E se agarrassem nesse dinheirinho e fossem até uma instituição de caridade dar em mão um saco cheio de mercearias? Não fariam muito mais feliz uma criança que nada tem?
E ao escrever isto reparo como eu própria sou egoísta ao gastar rios de dinheiro nos copos...
Que direito tenho eu de criticar a hipocrisia das prendas de Natal se eu própria invisto em algo que entra por cima e sai por baixo minutos depois...
Realmente a nossa mente é estranha. Somos capazes de criticar atitudes que nós próprios tomamos, quase inconscientemente, e tentar evita-las mas esquecemo-nos sempre de outras atitudes, igualmente egoístas.
Há sempre uma hipótese de redenção. Há várias coisas que se podem fazer.
Querem um exemplo?
Na próxima vez que forem para a night com os vossos amigos experimentem sugerir que em vez de beberem mais um copo metam esse dinheiro num saco. No final da noite, tudo o que conseguirem reunir será depositado na conta de uma instituição de solidariedade.
Vai uma aposta que o copo a seguir nos vai saber muito melhor?
Claro que a reacção inicial pode não ser muito positiva mas se soubermos ser convincentes ninguém fica indiferente.
E tentar não custa. A única garantia é o Não!
E se conhecerem o dono de um bar que frequentem e lhe sugerirem uma acção deste género, ele também não recusará.
Se tiverem um estabelecimento comercial podem colocar uma caixa de gorjetas para esse fim, dando a garantia ao cliente que, depois do Natal, o comprovativo do depósito será exibido em local vísivel.
São pequenas ideias, são pequenos nadas, mas podem marcar a diferença nos nossos corações, nas nossas consciências.
Vejam lá no fundo dos vossos armários se não estará uma camisola que já não usem. Peguem nela e entreguem na vossa paróquia, na junta de freguesia ou até mesmo num infantário perto de vocês. Há sempre uma família carenciada por perto, mesmo nos bairros mais chiques.
Peçam às vossas crianças um brinquedo que já não usem, embrulhem-no em conjunto e entreguem-no numa instituição social.
Usem a imaginação e sejam mais felizes com o bem que fizeram ao próximo.
Isso, sim, é o espírito de Natal.
Façamos do Natal o que ele deve ser: a época da partilha!

16.12.04

Now I'm an Account

Estar desempregada só tem uma solução: correr à procura!
Foi o que eu fiz e já cá canta uma ocupação (pelo menos).
Não tenho contrato nem ordenado fixo mas vou fazer o que gosto: Gestão e Produção de Eventos!
Pela primeira vez na minha vida vou trabalhar a recibos. Tive sempre medo de arriscar mas quando se chega ao ponto de nem subsídio de desemprego ter, onde é que está o risco? Na nossa cabeça só... e esse apaga-se com uma borracha!
Também nunca quis seguir Vendas porque acho que não tenho jeito nenhum para vender mas quando se está na área que realmente se gosta acredita-se no que se vende, certo? CERTO!
Vai disto que amanhã não há.
Now i'm an Account :)

15.12.04

o meu pseudo-afilhado é lindo!

o cão... o CÃO!!!

Gezu

14.12.04

No desemprego outra vez!

É à fartazana!
Este ano já é a 2ª vez que fico no desemprego. O que vale é que ele está a chegar ao fim!
Se, por acaso, souberem de qualquer coisa, avisem, tá?
Isto de ter uma criança para sustentar e não ter como é complicado.

10.12.04

Here without you...

Aqui sem ti sinto-me vazia, como se a minha existência não fizesse sentido.
Ao teu lado, mesmo sem te ter, o frio aquece-me, o calor refresca-me, a noite reflecte os raios de sol e o dia banha-me com um luar esplendoroso.
Os teus olhos são, talvez, os únicos capazes de ver o mais profundo de mim sem, no entanto, conseguirem captar toda a essência do meu amor.
Lentamente, passo a passo, acredito que sejam, um dia, capazes de o fazer. Já conseguiste tocar em partes de mim tão fechadas ao mundo...
Amar alguém que sabemos ter um imenso carinho e um imenso respeito por nós é dos maiores bens que temos.
Eu tenho esse bem.

(em fundo no meu pensamento:

Here Without You - 3 Doors Down

A hundred days had made me older since the last time that I saw your pretty face
A thousand lights had made me colder and I don’t think I can look at this the same
But all the miles had separate
They disappeared now when I’m dreaming of your face

I’m here without you baby but your still on my lonely mind
I think about you baby and I dream about you all the time
I’m here without you baby but your still with me in my dreams
And tonight it’s only you and me

The miles just keep rolling as the people either way to say hello
I hear this life is overrated but I hope it gets better as we go

I’m here without you baby but your still on my lonely mind
I think about you baby and I dream about you all the time
I’m here without you baby but your still with me in my dreams)

9.12.04

Banho maria!

Reparei que já não escrevia aqui há mais de uma semana.
Pudera! Tem sido uma semana de loucos... mas soube tão bem!
Andei dias e dias em festa, completamente a leste do Mundo, apenas concentrada no meu pequeno mundo, no meu filho e nos meus amigos.
Claro que tanta festa, tanta night & day non-stop acaba por me deixar em banho maria, com o neurónio a boiar.
Estou a "acordar" lentamente, a esticar um musculo de cada vez para garantir que não se estragam de uma vez só.
Felizmente, o Bruno ontem não quis sair de casa. Eu bem o puxei para irmos até ao Parque do Monsanto mas o gajo népia. Anda entusiasmado com o que tem aprendido na escola :)
Apesar de ainda só ter aprendido as 5 vogais e uma consoante (o P), já sabe ler frases que contenham o que já aprendeu. São pequenas conquistas como esta que me deixam vaidosona, a babar mesmo :)
E amanhã já é 6ª feira!